Contratar um investigador pode ser uma decisão bastante difícil. Geralmente, quando esse serviço está sendo requisitado, é porque algo está errado e é necessário contar com um especialista para obter provas do ocorrido. Porém, antes de fazer a sua escolha, confira as principais dúvidas ao contratar um detetive particular e fique totalmente por dentro deste universo.
Principais dúvidas ao contratar um detetive particular
Qualquer pessoa pode ser detetive particular?
As obras de ficção por vezes podem provocar a sensação de que, para ser detetive particular, basta nascer com um certo dom, um “faro aguçado” ou uma intuição forte. É claro que ninguém recusa um instinto natural de investigador, mas isso não faz de ninguém um detetive particular de verdade.
Então o que é preciso para ser um investigador particular? Na hora de contratar o profissional certo, certifique-se de que ele possui formação em um curso regulamentado, em uma instituição superior reconhecida pelo Ministério da Educação. Se possuir especializações na área, melhor ainda. Conhecimento nunca é demais e, nessa área, é primordial.
Um detetive particular faz qualquer coisa para concluir uma investigação?
Não. Um profissional qualificado e que age com respaldo da lei sabe os limites que possui em uma investigação. O inciso X do artigo 5º da Constituição Federal discorre a respeito do direito à privacidade de todo cidadão brasileiro:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
E não para por aqui. O Código Penal corrobora:
“Art. 146-A Molestar alguém invadindo-lhe a esfera de privacidade ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por qualquer outro motivo reprovável: Pena – detenção, de 02 (dois) a 04 (quatro) anos.”
Um investigador particular que se preze usará os artifícios que possui sem colocar o seu cliente em situação de ilegalidade perante à Justiça. Por isso, se encontrar alguém que se intitula como detetive e faz propostas estranhamente arriscadas, que pareçam ferir a legislação, fuja. Sem o profissional certo, sua investigação pode culminar em uma grande dor de cabeça.
Detetive particular só investiga casos de infidelidade?
Muitas pessoas atrelam – erroneamente – a imagem do investigador particular a casos de traição matrimonial. Pois bem, acontece que a lista de áreas de atuação vai muito além disso. Confira algumas:
- Suspeita de filhos envolvidos com drogas;
- Pessoas desaparecidas;
- Fraudes no ambiente empresarial;
- Concorrência desleal;
- Cliente oculto em empresas;
- Contraespionagem;
- Fraudes de diversos tipos;
- Estelionato;
- Extorsão;
- Abuso de poder;
- Entre outros.
Quais ferramentas um investigador particular utiliza?
Um detetive particular possui várias ferramentas para utilizar em uma diligência. Entre elas:
- Softwares especializados;
- Câmeras fotográficas de ponta;
- Filmadoras de alta qualidade;
- Sistema de escutas;
- Rastreadores via GPS;
- Câmeras ocultas;
- Entre outros.
Além disso, o detetive pode lançar mão de disfarces para uma investigação em campo.
Um detetive particular pode andar armado?
A não ser que o profissional possua porte de armas cedido de forma legal, não é permitido andar armado. Por isso, ao contratar um profissional e constatar que ele possui uma arma, peça para que ele confirme o porte que possui para que você não caia em nenhuma armadilha ou enfrente problemas com a Justiça posteriormente.
As provas obtidas na investigação podem ser usadas em processos judiciais?
Sim. Entretanto, é necessário reforçar que as evidências devem ser obtidas de acordo com as leis vigentes. Por isso, fique atento e garanta que o investigador particular contratado leva a sério o código de ética da profissão.
Quanto tempo dura uma investigação?
Não tem como determinar um prazo exato, afinal, cada caso é um caso e cada investigação possui suas complexidades inerentes. Entretanto, estima-se de 10 a 15 dias para investigações pessoais e familiares e cerca de 90 dias para investigações empresariais, por exemplo. Lembrando que em caso de desaparecimento de pessoas ou animais, a investigação pode levar meses ou até mesmo anos. Tudo depende das informações sólidas que o detetive particular consegue reunir antes e durante o caso.
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Privacidade – Todas as estratégias de investigação são desenvolvidas com base na Lei contra a Violação do segredo profissional, previsto no Art. 154 do Código Penal;
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