Decidir contratar um detetive particular nunca é uma decisão fácil. Afinal, ninguém gosta de estar suspeitando de outra pessoa. Porém, na hora de investigar um caso, é preciso ter muita cautela com os indícios apresentados. Às vezes, nem tudo é o que parece e fotos não são provas concretas em uma investigação.
“Quando devo contratar um detetive particular?”
- Quando há suspeita de traição conjugal – como vencer o medo de ser traído em uma relação? Segundo a pesquisa realizada pela psiquiatra Carmita Abdo, através da pesquisa Mosaico 2.0 de 2016, 50,5% dos homens entrevistados admitiram já ter traído suas parceiras ou parceiros. E mais: plataformas de relacionamento próprios para pessoas casadas em busca de uma aventura fora do casamento recebem mais de 130 mil cadastros todo mês. Com estes dados, fica fácil entender porque tantas pessoas procuram o auxílio de um detetive profissional. Brigas em excesso, falta de libido e sumiços repentinos são apenas alguns dos motivos que levantam suspeitas de traição em um relacionamento.
- Quando há suspeita de fraude empresarial – as contas pararam de bater? Falta dinheiro no fim do mês? Desconfia de que os dados e patrimônios físicos ou intelectuais estejam sendo vazados? Existem diversas maneiras de fraudar uma empresa, e para chegar à confirmação do crime, é preciso contar com um detetive particular especializado neste assunto.
- Quando um ente querido desaparece – as primeiras horas de um desaparecimento são cruciais para aumentar as chances de encontrar o ente querido bem e com vida. Como a polícia exige 48 horas de desaparecimento para registrar o boletim de ocorrência e iniciar a busca, contratar um detetive particular de imediato pode mudar positivamente os rumos da investigação.
- Quando há suspeita de maus-tratos na família – maus-tratos em idosos e crianças são mais comuns do que você imagina. Só no ano de 2018, foram registradas 37 mil denúncias de agressão a idosos, seja ela física, sexual ou psicológica. Porém, para que o agressor pague pelos crimes que cometeu, é necessário investigar com muita cautela e técnicas que só um detetive profissional dispõe.
- Quando os filhos adolescentes mudam repentinamente – quando os filhos entram na adolescência, é normal que mudem um pouco o comportamento. Porém, quando surgem outros indícios como raiva repentina, amizades suspeitas e isolamento excessivo, muitos pais buscam o auxílio de um profissional para confirmar se algo preocupante está acontecendo.
- Quando a contraespionagem é necessária – suspeita que sua empresa esteja sendo espionada por um concorrente? Então chegou a hora de iniciar uma missão de contraespionagem. Afinal, nada pior do que ver seu patrimônio ruir devido às fraudes alheias.
Quais técnicas um detetive particular utiliza em uma investigação?
- Análise do comportamento não-verbal – o corpo fala mais do que as próprias palavras. Mas para entender o que ele diz, é preciso ser especialista nisso. Um detetive profissional sabe entender a linguagem corporal e chegar a conclusões ainda mais assertivas em uma investigação.
- Paciência e cautela – muitos casos podem levar meses ou até mesmo anos de investigação. Para não colocar tudo a perder, um detetive particular profissional precisa ter estes dois atributos: paciência e cautela.
- Abordagens e interrogatórios estratégicos – um bom detetive usa seus anos de estudo e experiência para criar abordagens e formas de interrogatório totalmente estratégicos e, consequentemente, mais eficazes.
- Aparatos tecnológicos – câmeras fotográficas e filmadoras, softwares espiões, GPS e aparelhos de captação de áudio são apenas alguns dos aparatos tecnológicos utilizados em uma investigação.
Por que fotos não são provas concretas em uma investigação?
Se um detetive utiliza câmeras fotográficas como ferramenta de investigação, por que fotos podem não ser provas de uma ilegalidade? Bom, legalmente, fotos podem ser utilizadas como provas.
De acordo com o art. 369 do Código de Processo Civil, “As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.” Isto é, fotos podem ser utilizadas como prova perante à lei, mas elas, sozinhas, muitas vezes não provam um ato ilícito.
A questão é que, durante uma investigação, muitas pessoas recebem fotos suspeitas e acabam cometendo atos impulsivos, para depois descobrir que suas suspeitas na verdade não tinham fundamento. Por exemplo, uma fotografia tirada no momento errado, pode insinuar algo que sequer é real. Um homem fotografado conversando com uma mulher em um bar, a depender do ângulo, pode parecer que está havendo traição por parte de um dos envolvidos.
Ou seja, para não agir impulsivamente e acabar em situações irreversíveis como demissões e divórcios, é importante contar com um detetive particular que junte o máximo de provas concretas que for possível. Fotos não são provas concretas em uma investigação, quando isoladas, mas unidas a outros materiais podem sim comprovar um ato fraudulento.
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