Imagine trabalhar a vida toda focado em ser um bom filho, um excelente pai ou mãe, um irmão companheiro, um marido ou uma esposa dedicados. E, sem perceber, o tempo corre e leva você à etapa inevitável da vida: a terceira idade. Os planos de qualquer pessoa para esta fase da vida é, sem dúvidas, estar cercado das pessoas amadas. E experienciar momentos que promovem o bem-estar físico e emocional. Afinal, envelhecer já traz consigo um certo peso, e todo mundo procura maneiras de torná-lo mais fácil de carregar.
Agora imagine viver a velhice sofrendo maus-tratos de pessoas próximas ou ajudadores. Angustiante, não é? Esta é a realidade de milhares de idosos ao redor do mundo. Só em 2018, no Brasil, foram registradas 37.454 denúncias no serviço de atendimento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Isto significa um aumento de 13% nas ocorrências em relação ao ano anterior. Inquietante, não é?
A faixa etária das pessoas acima de 60 anos é a que mais cresce exponencialmente hoje. Em 2020, o IBGE projeta que serão 32 milhões de pessoas idosas no Brasil, 15% da população total. Unindo os dados de maus-tratos contra a terceira idade aos números projetados para o próximo ano, fica clara a necessidade de falar sobre isto.
Quando os maus-tratos são difíceis de identificar
Quando a palavra mau-trato surge, logo é relacionada à violência física. Com isto, inúmeros outros tipos de violência contra o idoso acabam passando despercebidos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem tipos específicos de comportamento que configuram agressão:
- Violência física – tapas, empurrões, queimaduras, golpes, beliscões e até agressões com cintos e armas brancas como facas configuram violência física contra idosos. Este tipo, por ser deixar marcas mais facilmente, pode ser mais fácil de identificar. Além disso, a administração abusiva de medicamentos também é uma forma de violência física.
- Violência sexual – qualquer tipo de interação sexual forçada através de força física, manipulação psicológica ou coerção.
- Violência financeira – quando existe o usufruto não autorizado ou ilegal de recursos financeiros ou bens materiais do idoso.
- Violência psicológica – todo tipo de agressões verbais e atitudes ou palavras de desprezo que têm como objetivo humilhar e isolar o idoso do convívio social.
- Negligência – a negligência de cuidados de higiene, medicamentos, atenção, omissão de cuidados médicos e outros comportamentos.
Além das citadas acima, ainda existe a violência autoinfligida, que acontece quando o idoso ameaça sua própria saúde, atenta contra sua vida ou recusa receber os cuidados necessários para manter seu bem-estar. Sendo cometida não por terceiros, mas pela pessoa contra ela mesma. É importante reconhecer que as agressões costumam partir do ambiente familiar, mas também podem acontecer em hospitais ou instituições de longa permanência.
Dados levantados pelo Ministério da Justiça e Cidadania elencam os tipos de violência mais comuns contra idosos:
- Negligência – 77%
- Violência psicológica – 51%
- Violência financeira – 38%
- Violência física – 26%
“Quando devo suspeitar de maus-tratos?”
Existem alguns sinais que podem ser percebidos e que levantam fortes suspeitas de que o idoso esteja sofrendo maus-tratos.
- Hematomas e ferimentos sem explicação.
- Procura frequente de médicos ou serviços de emergência.
- Roupas rasgadas, aparência física aparentando descuido e sujeira.
- Sonolência excessiva que podem indicar uso abusivo de medicamentos sedativos.
- Óculos quebrados mais de uma vez em um curto espaço de tempo.
- Comportamentos estranhos, ansiosos e desesperados principalmente perto de estranhos.
Ao identificar um ou mais sinais, é de extrema importância abrir uma investigação séria e cautelosa para confirmar ou não as suspeitas de agressão contra o idoso e identificar o agressor.
O cuidado, neste tipo de investigação, deve estar em primeiro lugar. Afinal, se o agressor perceber que está sendo sondado, pode manipular a situação ou chegar a cometer atos mais graves e até fatais. Por isso, contar com a ajuda de um detetive profissional evita que a segurança do idoso seja comprometida. Aumenta as chances de obter provas e garante que todas as evidências serão comprovadas de forma legal.
Como acontece uma investigação de maus-tratos contra idosos?
Ao ser acionado para investigar este tipo de situação, o detetive particular lança mão de todas as técnicas e ferramentas que possui para iniciar a diligência. Assim, é feito um mapeamento de todas as pessoas que possuem contato com o idoso: enfermeiros, familiares, amigos, médicos e funcionários domésticos. Além disso, identifica a rotina da possível vítima, bem como remédios que toma, atividades que precisa fazer e outros componentes do seu dia a dia que podem estar sendo negligenciados.
Em uma investigação de maus-tratos contra idosos, também é feito um dossiê com todo o histórico familiar e médico do idoso. Além de uma análise completa da situação financeira dele. Assim, é possível identificar furos e comportamentos controversos, chegando cada vez mais perto de identificar o agressor.
As provas podem ser obtidas através de fotografias, filmagens, gravações de áudio, extratos bancários e outros meios que servem como evidência legal em ações judiciais. Caso comprovado, a pena prevista ao agressor é de 2 meses a 1 ano de reclusão, e multa. Em casos de lesão corporal grave, a pena é de 1 a 4 anos de detenção. Em casos extremos, onde as agressões culminaram a morte do idoso, a pena é de 4 a 12 anos de reclusão.
Para que a justiça seja feita e o agressor receba a pena que merece, conte com quem entende do assunto. A Evidência Detetives investiga casos de maus-tratos a idosos desde 2003, com a seriedade e o compromisso necessários para preservar a saúde e a vida do idoso. Se você suspeita de maus-tratos em sua família, não hesite em entrar em contato com a gente.